É fato que estamos no processo de mudança da nossa pirâmide demográfica. Se nos anos 80/90 podíamos visualizar uma base de jovens muito superior ao número de idosos, hoje a realidade é outra. Felizmente, graças aos avanços da medicina, estamos vivendo mais e, por questões culturais e econômicas, temos uma taxa de natalidade menor. Realidade que nos remete a novos desafios. Nossa produtividade, em virtude da diminuição da população economicamente ativa, requer um esforço de formação de mão de obra, geração de emprego e renda e, sobretudo, inclusão da juventude no mercado de trabalho do futuro. Nossa grande riqueza no século XXI é o capital humano e é nele que precisamos concentrar a atuação.

Por isso, desde o primeiro dia do nosso governo, tratamos a educação e a primeira infância com atenção especial. Por meio do Gabinete de Projetos Especiais, estamos trabalhando para aperfeiçoar programas como o Todo Jovem na Escola e criar iniciativas, como o Aprendiz do Futuro - cujo objetivo será oportunizar aos jovens qualificação profissional, com mentoria e foco na garantia da permanência no mercado de trabalho. É fato que o conceito tradicional de emprego não mais se aplica ao século XXI. A sociedade que vivemos valoriza a criatividade, a construção colaborativa e a disposição para capacitação permanente. Nós precisamos criar mecanismos que garantam o desenvolvimento de novas habilidades, competências e aumento da qualidade cognitiva.

E não se faz essa transformação sem educação. É por isso também que esta é a nossa prioridade. Qualquer evidência científica que se tenha reunido em pesquisas ou na academia mostram que países e estados que investiram na educação e na primeira infância conseguiram formar trabalhadores melhores, gerando ao seu território maior desenvolvimento. Com esse propósito, reforço a necessidade de colocarmos no centro do debate o capital humano e a qualidade da formação da mão de obra. E nós precisamos fazer isto não só para fins de mero fornecimento de trabalhadores, mas principalmente para formar cidadãos com capacidade de exercer sua cidadania de forma plena.