Espaço de dignidade e acolhimento
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Vida. Esperança. Recomeço. Estas palavras dão nome aos Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) implementados pelo governo do Estado para acolher quem perdeu tudo nas enchentes. Uma solução transitória com dignidade e proteção para as famílias, enquanto aguardam suas moradias definitivas. Instalados em Porto Alegre e Canoas, os CHAs foram financiados com recursos do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac e são geridos pela OIM, Agência da ONU para Migrações.
Em um esforço conjunto com prefeituras, entidades, ONGs e iniciativa privada, entregamos em pouco mais de um mês os três centros que, juntos, podem acolher mais de duas mil pessoas. O tempo de quem dorme em espaços improvisados no chão de ginásios e sem nenhuma privacidade é o agora, o imediato. Por isso, um projeto que em tempos normais levaria de oito a dez meses para ser executado, foi colocado de pé em semanas.
A colaboração com agências da ONU, como ACNUR e OIM, traz expertise valiosa na gestão de crises humanitárias, garantindo que os Centros adotem as melhores práticas em acolhimento emergencial. A infraestrutura inclui refeitório, lavanderia coletiva, fraldário, brinquedoteca, banheiros e dormitórios privados, áreas de convivência, internet, três refeições diárias, segurança e assistência médica e social.
No rosto dos acolhidos estão as marcas da superação, de quem perdeu muito - ou quase tudo -, mas tem o bem mais valioso: a vida. Histórias como a da Raquel, do César, ou da pequena Helena são distintas e, ao mesmo tempo, comuns: relatos de quem venceu a tragédia e olha para o futuro com esperança para recomeçar.
Mais do que um local transitório, os Centros são um apoio para que eles possam dar os primeiros passos e reconstruir suas vidas. A próxima etapa do trabalho nos CHAs será a realização de ações de inclusão, empregabilidade e cursos profissionalizantes. Neste momento em que a solidariedade é tão importante, os Centros de Acolhimento representam o compromisso com a dignidade humana, garantindo que ninguém seja deixado para trás.