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Experiências do RS na COP28

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Gabriel Souza em apresentação na COP28, em Dubai
Vice-governador Gabriel Souza compartilhou experiências climáticas do RS na COP28 - Foto: Joel Vargas/GVG
Por Gabriel Souza - Vice-governador do RS

O Rio Grande do Sul é o estado que mais sofreu perdas econômicas por eventos climáticos nas últimas décadas. Estudo do Banco Mundial mostra que, entre 1995 e 2019, foram registradas perdas de R$ 41,2 bilhões – o que representa 12,28% do total no país.

Em 2023, ano em que testemunhamos a ocorrência de dez eventos climáticos - entre ciclones, enchentes e granizos -, e a terceira estiagem consecutiva, além do impacto econômico, perdemos também o que não tem preço: 79 vítimas fatais. Famílias que perderam seus entes queridos devido às chuvas e cuja dor não se pode mensurar em números.

A realidade do nosso estado foi exposta no início deste mês, na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. No maior evento mundial sobre o tema, compartilhamos com líderes globais, governos, empresas, ONGs e sociedade civil como o Estado tem atuado para lidar com as intempéries de maneira resiliente e sustentável. Ainda pudemos conhecer iniciativas de outros países e financiamentos de bancos internacionais para projetos de transição energética e agricultura verde.

O ProClima 2050, que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2030 e zerar até 2050, e o programa Plano ABC+RS, para reduzir a emissão de gases na agricultura e pecuária, foram algumas das iniciativas gaúchas apresentadas na conferência. Como resultado da nossa participação, assumimos a coordenação do bioma Pampa no âmbito do Consórcio Brasil Verde – Governadores pelo Clima - e aderimos ao grupo de entes subnacionais comprometidos em diminuir as emissões de metano na atmosfera.

Além dos programas, outro tema abordado na COP28 é o que chamamos de justiça climática. Os eventos extremos que vivenciamos afetam, invariavelmente e de forma mais direta, os mais vulneráveis. Realocá-los em áreas mais seguras, garantir o acesso a produtos sustentáveis e não deixar setores da população sem condições de usufruir das ações de mitigação das mudanças climáticas é fundamental para não deixar ninguém para trás.

Um momento importante, onde o enfrentamento aos efeitos do clima é o centro dos debates. Cooperação, adaptação, resiliência e planejamento não são só palavras-chave na COP28, mas precisam ser o norte da nossa atuação em sintonia com as melhores práticas globais.

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