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Indústrias e produtores de arroz recebem benefícios para aumentar competitividade no cenário nacional

A redução tributária entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2017

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REUNIÃO PALÁCIO
REUNIÃO PALÁCIO - Foto: Luiz Chaves - Palácio Piratini

Nesta manhã (04), José Paulo Cairoli, vice-governador, participou do ato de assinatura de decreto, pelo governador José Ivo Sartori e pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes, que concede benefícios como a redução média de 10% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao setor orizícola. Os benefícios da redução tributária entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2017. O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável e garantir maior competitividade da cadeia produtiva do arroz do Rio Grande do Sul frente a outros estados.

 

Entre as medidas está a redução do ICMS de 7,7% para 7% nas saídas interestaduais para as regiões Sul e Sudeste e também a redução de 4,4% para 4% nas saídas para Norte, Nordeste e Centro-Oeste, pois, no mínimo, 80% do arroz vendido pelas indústrias precisa ser adquirido de produtores ou cooperativas gaúchas. Além disso, o decreto permite também o crédito integral do ICMS nas entradas de energia elétrica e embalagens produzidas no estado.

 

Para Sartori, a produção do arroz representa a principal atividade econômica da Metade Sul e tem um importante caráter social por ter 53% das lavouras com menos de 50 hectares. "Estamos fazendo aquilo que o estado pode fazer para manter, melhorar e aumentar a produtividade porque o agronegócio é o motor da economia do Rio Grande. Ninguém é contra o grande produtor, mas temos que ressaltar que as pequenas propriedades são aquelas que vão agregar mão de obra importante. Se a Região Sul é a que tem mais dificuldades, isso vai ajudar a igualar o futuro. Temos que ter sensibilidade de que outras regiões precisam ser valorizadas”, disse.

 

Destacando sobre a importância da resolução, Cairoli observou que há otimismo no setor para a próxima safra, tendo em vista que produtores gaúchos já estão com as lavouras prontas. “Mais do que um ato protocolar, este decreto é um estímulo ao setor orizícola, mostra que existem parcerias na cadeia produtiva. A indústria cedeu, o produtor cedeu, mas o Rio Grande do Sul ganhou na manutenção da competitividade da produção estadual do arroz em relação a outros estados”, enfatizou.

 

Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, 70% da produção brasileira está no Rio Grande do Sul. Os benefícios decretados são semelhantes em relação aos estados de Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. “Temos uma relação de diálogo frequente com o setor. Para o estado, é importante o desenvolvimento de todos, inclusive dos produtores. A medida agrega valor e possibilita a geração de mais renda. Queremos o desenvolvimento e progresso do nosso estado como um todo”, afirma.

 

O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do estado, Henrique Osorio Dornelles, acredita que o momento é um “verdadeiro símbolo de que a cadeia produtiva é formada não só por produtores e indústrias do setor, mas pelo estado também”. 

 

“Este é um gesto de comunhão e sinergia entre todos os poderes e é isso que nós esperamos do governo, que esteja junto na mesa tentando resolver os principais problemas. Estamos tentando aumentar a competitividade para fazer crescer a arrecadação na medida em que aumentaremos também a demanda pelo produto gaúcho”, ressaltou.

 

“Por que não sermos mais competitivos e melhores? Precisamos somar pensamentos positivos para que com isso as indústrias e o estado ganhem e esse acordo trabalha pra isso”, disse o presidente do Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul, Elton Doeler.

 

Comprometimento financeiro

 

A Receita Estadual estima em R$ 50 milhões o volume anual de incentivos fiscais com as medidas anunciadas (R$ 36 milhões por conta da redução da base de cálculo e de R$ 14 milhões, pelo não estorno dos créditos tributários). Estes valores serão compensados com as desistências das ações judiciais e o incremento nas saídas interestaduais de arroz beneficiado, incluindo uma estimativa entre 100 e 200 mil toneladas de arroz importado.

 

“Este é mais um mecanismo de equilíbrio e adequação para manter a atividade agrícola do estado com o vigor e destaque que sempre pode apresentar. São ações que trarão reflexos em toda a cadeia produtiva. Que a questão do clima nos favoreça para que possamos melhor produzir e mais vender”, estimou o secretário Giovani Feltes.

 

Estiveram presentes o secretário Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto; o secretário adjunto da Fazenda, Luiz Antonio Bins; o subsecretário da Receita Estadual, Mario Luis Wunderlich dos Santos; o presidente do Instituto Riograndense do Arroz, Guinter Frantz; representantes de entidades e deputados estaduais.

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