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Na COP28, Estado se torna signatário de iniciativa global para redução de emissões de metano

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O vice-governador Gabriel Souza (D) lidera a comitiva do Rio Grande do Sul na COP28 - Foto: Joel Vargas/Ascom GVG

O governo do Estado assinou neste sábado (2/12), durante a programação da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28), a sua adesão ao grupo de entes subnacionais comprometidos com a redução de emissões de metano (CH4) na atmosfera. A formalização da adesão ocorreu durante o encontro “Estados e regiões: impulsionando a ação climática local” e foi feita pelo vice-governador Gabriel Souza. Também participou da agenda a titular da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann.

“O Rio Grande do Sul tem vivido eventos climáticos extremos que evidenciam o impacto do aquecimento global. Só em 2023, já enfrentamos uma dezena de ciclones, além de três anos seguidos de estiagem. Esta assinatura reforça o nosso compromisso com uma agenda focada na sustentabilidade e na preservação do meio ambiente”, reforçou o vice-governador.

Marjorie complementou que o Rio Grande do Sul é pioneiro em estudos sobre o tema. “Considerando que o Estado se situa em posição de vanguarda com relação às pesquisas científicas relacionadas à redução de emissões de metano advindas da cadeia agropecuária, além de se beneficiar da participação na iniciativa, pode oferecer importantes contribuições para metas globais”, destaca a secretária.

A iniciativa global, capitaneada pelo governo da Califórnia e consolidada na COP28, em alinhamento com os objetivos do Acordo de Paris, prevê a promoção de ações locais e a busca por recursos para custear projetos de mitigação das emissões nos territórios dos entes signatários.

O documento ressalta que, embora mais de 150 países tenham concordado com o esforço coletivo de redução em ao menos 30% até 2030, o cumprimento da meta exigirá comprometimento em todos os níveis, justificando uma declaração de intenções voltada especificamente para os estados.

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Cenário no Rio Grande do Sul

Gás de efeito estufa (GEE), o metano é 80 vezes mais impactante que o gás carbônico (CO2) para o aquecimento global. As maiores fontes de emissão em nível mundial são a agricultura (atividades agrícolas e pecuárias), a energia (gás natural, carvão e petróleo, por exemplo) e os resíduos (aterros sanitários e águas residuais).

No Rio Grande do Sul, estima-se que aproximadamente 50% das emissões de GEE tenham origem nos sistemas de produção agropecuária, diferentemente do padrão global, em que o sistema energético é o principal responsável pelas emissões. Devido ao processo de ruminação e digestão dos animais, a produção de metano se mostra especialmente relevante na pecuária bovina, uma das principais atividades econômicas gaúchas.

A Coalizão Under2

A iniciativa é apoiada pela Coalizão Under2, da qual o Rio Grande do Sul faz parte. Ela constitui a maior rede global de governos comprometidos com o Acordo de Paris para o clima, cujo objetivo principal é zerar o balanço de emissões de GEE até 2050. Essa coalizão é mantida pelo Climate Group, instituição sem fins lucrativos, fundada em 2003 e que congrega governos e empresas multinacionais alinhados com os compromissos climáticos globalmente assumidos.

Comitiva na COP28

Além do vice-governador e da titular da Sema, o Rio Grande do Sul está representado na COP28 por integrantes das secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O evento ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes, até 12 de dezembro. Neste ano, o foco dos debates é o enfrentamento aos eventos climáticos extremos.

O Estado também enviou representantes para a COP27, no Egito, e para a COP26, na Escócia, quando reafirmou o compromisso de neutralização das emissões de carbono até 2050.

Texto: Joyce Heurich/Ascom Sema
Edição: Vitor Necchi/Secom

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